Uma megaoperação da Polícia Civil realizada nesta terça-feira (10/6) no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio, prendeu 20 criminosos ligados ao Terceiro Comando Puro (T) e apreendeu um arsenal com oito fuzis, duas pistolas, granadas, coquetéis molotov, além de drogas e equipamentos de endolação. Os agentes também localizaram e demoliram uma falsa igreja usada pela facção como base de vigilância e ataque contra forças de segurança.
A ação, coordenada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), teve apoio da CORE e de delegacias de diversas regiões do estado. O trabalho é resultado de sete meses de investigação, que possibilitaram a expedição de mandados de prisão contra 44 traficantes identificados sem antecedentes judiciais, com base em provas robustas.
“Estamos não apenas atrás das grandes lideranças, mas de todos que compõem essa quadrilha e que insistem em desafiar a segurança pública”, declarou o governador Cláudio Castro, destacando a importância de prender integrantes da facção sem mandado prévio.
Segundo a Polícia Civil, a organização criminosa liderada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, exerce controle armado sobre comunidades como Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau. O grupo impõe toque de recolher, ergue barricadas, usa drones para monitoramento e organiza manifestações simuladas para tentar obstruir ações policiais. As investigações também revelaram um núcleo especializado na tentativa de derrubar helicópteros, com atiradores posicionados estrategicamente em locais com lunetas e proteção reforçada.
“Nos últimos cinco anos, foram mais de 70 ataques às nossas aeronaves”, destacou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
Curi também rebateu críticas sobre os impactos da operação na rotina dos moradores. “Quem interfere na rotina da população são esses narcoterroristas, que atiram deliberadamente contra trabalhadores. As investigações tiraram esses marginais do anonimato, e agora eles não ficarão mais tranquilos”, afirmou.
O Rio tem que pensar no Rio e deixar o Bostil pra lá.