O Rio de Janeiro é uma cidade que convida tanto a irar suas paisagens quanto a se mexer — e pedalar é uma maneira de fazer as duas coisas de uma vez só. Seja pela orla, entre os cartões-postais da Zona Sul, ou em meio à natureza da maior floresta urbana do mundo, pedalar na capital fluminense é uma maneira de conhecer a cidade e se exercitar de forma agradável.
No Dia Mundial da Bicicleta, celebrado nesta terça-feira (03/6), o DIÁRIO DO RIO reuniu 10 trajetos para quem quer pedalar no Rio e em cidades próximas. São percursos com estrutura para ciclistas e indicados para diferentes perfis, de iniciantes a mais experientes.
De Copacabana a Petrópolis, ando por trilhas, parques e ciclovias, os roteiros percorrem diferentes regiões do território fluminense. Veja a lista completa e escolha seu próximo percurso.
Do Leme ao Pontal
Começando por um dos trajetos mais tradicionais e exigentes do Rio, o percurso que liga o Leme ao Pontal é quase uma travessia da cidade de ponta a ponta. Citado até em canção por Tim Maia, esse rolê de bicicleta percorre praticamente toda a orla da capital, ando por cartões-postais e cenários diversos.
O caminho começa na Praia do Leme, na Zona Sul, e segue por Copacabana, Arpoador, Ipanema, Leblon e pela ciclovia da Avenida Niemeyer, chegando a São Conrado. Dali, é possível continuar pela ciclovia suspensa do Joá até a Barra da Tijuca, atravessando também as praias da Reserva, Recreio (Pontal), Macumba e, para quem quiser ir além, até a Prainha.
O trecho de ida até o Pontal soma cerca de 38 km. Se a escolha for estender até a Prainha, o total pode chegar a 40 km — ou 80 km no percurso completo de ida e volta. Haja fôlego nas pernas!
Enseada de Botafogo até o Santos Dumont
Se o clássico rolê do Leme ao Pontal tem Tim Maia para celebrar, a pedalada da Enseada de Botafogo até o Santos Dumont carrega o ritmo e a poesia de Tom Jobim. Basta colocar “Samba do Avião” no fone e se deixar levar: o percurso combina a vista para o Pão de Açúcar, a brisa à beira-mar e aquela sensação de que o Rio foi feito pra você — e de que sim, você gosta do Rio, como canta Jobim.
Com cerca de 7,5 km de extensão, o trajeto começa na orla de Botafogo e segue acompanhando a Praia do Flamengo até alcançar o Aeroporto Santos Dumont.
É uma das rotas mais agradáveis para quem busca lazer sobre duas rodas, com ritmo tranquilo, paisagens icônicas e paradas pelo Aterro do Flamengo para descanso e hidratação. Um eio leve, ível e com todo o charme carioca.
Orla de Copacabana
Percorrer a orla de Copacabana pedalando é se sentir em um filme no Rio. O eio tem início no Forte de Copacabana, onde é possível fazer uma pausa para um café da manhã reforçado, e segue até o Forte Duque de Caxias, no Leme.
São cerca de 6 km que am por cartões-postais como o Copacabana Palace, a estátua de Carlos Drummond de Andrade e a Mureta do Leme, perfeito para quem quer aliar exercício físico a momentos para fotos.
O roteiro tradicional entre moradores e turistas oferece um eio leve e agradável, com o mar sempre à vista e opções de paradas para descanso.
Do Arpoador ao Leblon
Outro percurso pela orla do Rio vai da Pedra do Arpoador, conhecida pelo pôr do sol, até o Leblon. O caminho é feito todo pela orla da praia, ando por Ipanema, de onde é possível ver as Ilhas Cagarras, até o destino final. São 4,2 km de pedalada rápida, ideal para quem quer se exercitar e depois aproveitar o mar.
O Arpex, como é chamado pelos íntimos, é conhecido pelos cariocas como um dos lugares mais bonitos da cidade para assistir ao entardecer. No verão, o sol se põe literalmente em frente à pedra, descendo e refletindo no mar de Ipanema.
Volta na Lagoa Rodrigo de Freitas
Com 7,5 km de extensão, a volta na Lagoa Rodrigo de Freitas é uma opção popular para quem está procurando onde andar de bicicleta no Rio. O percurso é tranquilo e conta com diversas opções para comprar água de coco e seguir o trajeto.
Além disso, a Lagoa é ideal para quem está treinando e precisa cumprir uma distância específica sem o risco de se perder. Frequentada por muitos cariocas, a região atende tanto quem quer treinar ou apenas relaxar.
Após a pedalada, uma boa sugestão é fazer um piquenique nas áreas de descanso espalhadas pelo local, aproveitando a vista para o Cristo Redentor. Para quem não tem bicicleta, há pontos de aluguel ao redor da Lagoa, assim como quiosques.
Parque Nacional da Tijuca
Para quem busca um percurso de bicicleta com mais intensidade, o Parque Nacional da Tijuca reúne natureza, subidas e mirantes históricos. Um dos trajetos mais conhecidos é o da Ciclovia Veneza, que corta a floresta e leva até as colinas, ando por pontos como o mirante da Vista Chinesa e a Mesa do Imperador.
Aberta a partir das 5h, a ciclovia começa a funcionar três horas antes do restante do parque, o que permite pedaladas mais tranquilas no início da manhã. O percurso apresenta trechos íngremes e exige certo preparo físico, sendo indicado para quem já tem alguma experiência em subidas de montanha.
A quilometragem varia de acordo com o ponto de partida. É possível iniciar o trajeto por diferentes os. Ao longo do caminho, os ciclistas am por mirantes, trechos de mata fechada e pequenas cachoeiras.
Quinta da Boa Vista
A Quinta da Boa Vista é outro lugar para andar de bicicleta na Cidade Maravilhosa. O parque conta com ciclovia ao longo de toda sua extensão, permitindo um trajeto tranquilo e ível.
Além da pedalada, o local reúne outras possibilidades de eio. É possível andar de pedalinho, fazer um piquenique e visitar o BioParque do Rio. Com vias largas e arborizadas, a Quinta é uma alternativa para quem busca um percurso mais leve, inclusive com crianças.
O ambiente também permite combinar o exercício com um roteiro cultural, já que o Museu Nacional deve reabrir nos próximos dias.
Do Recreio até a Barra da Tijuca
Quem busca um trajeto de bicicleta mais extenso pode optar pelo percurso entre o Recreio dos Bandeirantes e a Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.
O caminho começa na Praia da Macumba e segue até o quebra-mar da Barra, ando pelas praias do Recreio e da Reserva. São cerca de 20 quilômetros de pedalada pela orla, em um trajeto contínuo e com vista para o mar.
Durante o percurso, há pontos para parada, com opções para banho de mar, hidratação e alimentação em quiosques ao longo do caminho. A rota é indicada para quem já possui algum condicionamento físico e busca uma pedalada mais longa.
Parque de Itaipava
Saindo do litoral carioca em direção à Região Serrana, mais precisamente em Petrópolis, o Parque de Itaipava aparece como uma alternativa para quem deseja pedalar em um ambiente tranquilo, afastado do trânsito e cercado por natureza.
Reconhecido como a maior área pública de lazer do município, o espaço oferece cerca de 1,7 km de ciclovia e é todo cercado por 33 mil m² de área verde. A ausência de veículos motorizados torna o trajeto mais seguro, especialmente para quem está começando a pedalar, famílias com crianças ou pessoas em busca de um eio mais calmo.
Além do circuito para bicicletas, o parque também conta com pistas de skate, pump track, quadras esportivas e área infantil.
Vale das Videiras
A cerca de 100 km da capital fluminense, o Vale das Videiras atrai ciclistas e visitantes em busca de natureza e tranquilidade. Localizado em Araras, região que liga os municípios de Petrópolis, Miguel Pereira e Paty do Alferes, o destino é conhecido pelo clima ameno e pelas paisagens montanhosas.
O cenário atrai tanto ciclistas experientes quanto iniciantes. São várias trilhas que podem ser feitas de bicicleta ou a pé, com caminhos que am por cachoeiras, poços e estradas com pouco movimento. A região também tem pequenos restaurantes, cafés e produção local de artesanato, o que faz do eio uma experiência mais completa.
Nos fins de semana, não é raro encontrar grupos de ciclistas circulando pelas rotas da serra, aproveitando os percursos mais longos ou apenas curtindo o visual.
Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu
Achou que o Diário ia deixar a Baixada Fluminense de fora? Aqui não! A dica bônus é o Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, que fica no Maciço do Mendanha — um conjunto que reúne as serras do Mendanha, Gericinó e Madureira — e ocupa 1.100 hectares de Mata Atlântica preservada. O parque guarda formações geológicas, como os condutos subvulcânicos, que revelam a estrutura subterrânea de um antigo vulcão.
No parque, os visitantes encontram poços e cachoeiras liberados para banho, com destaque para o Véu da Noiva, ponto também usado para a prática de rapel. Para chegar até esses locais, trilhas sinalizadas percorrem áreas históricas, ando pela sede da Fazenda Dona Eugênia, construída no século XIX, e pelas ruínas do clube Dom Felipe, que funcionou até os anos 60.
Além das trilhas e das paisagens naturais, o parque oferece atividades para quem busca aventura: voo livre de asa-delta e parapente na rampa da Serra do Vulcão, rapel negativo na Pedra da Contenda e trilhas perfeitas para mountain bike. Um lugar completo para quem quer pedalar.
Sensacional , não cita Paquetá e usa a imagem bravo