Mercado de trabalho no RJ desacelera em 2025, aponta levantamento da Firjan

Firjan aponta que o Rio criou 20 mil empregos com carteira assinada em abril, mas o desempenho anual é 42% inferior ao registrado em 2024, com retração nas contratações.

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Vagas de trabalhos no Rio de Janeiro
Carteira de Trabalho Digital e Física. Reprodução: Agência Brasil

O mercado de trabalho fluminense teve um respiro em abril com a criação de 20.031 vagas com carteira assinada, segundo levantamento da Firjan. Apesar do saldo positivo no mês, o panorama geral ainda inspira atenção: de janeiro a abril, o estado acumula 33.668 empregos formais, número 42% inferior ao mesmo período de 2024, quando foram abertas 58.348 vagas.

Em média, o Rio vinha registrando 712 contratações por dia útil no primeiro quadrimestre de 2024. Este ano, a média caiu para 421 por dia, evidenciando a perda de fôlego do mercado de trabalho no estado.

“O estado do Rio continua gerando empregos, mas com sinais claros de perda de fôlego, após alguns anos de contratações aquecidas”, avaliou Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan. Segundo ele, o ambiente econômico mais restritivo e os juros ainda elevados são fatores que pesam especialmente sobre os setores mais dependentes de mão-de-obra.

A análise foi feita com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O setor de Serviços foi o destaque, com +28.058 vagas criadas em 2025, seguido pela Indústria (+11.682) e Agropecuária (+145). Já o Comércio registrou queda, com 6.217 postos a menos no acumulado do ano.

As áreas que mais contrataram até agora incluem Ensino Fundamental (+3.448), Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e Telecomunicações (+3.242), Serviços de Engenharia (+2.157), istração Pública em Geral (+2.032) e Coleta de Resíduos Não-Perigosos (+1.406).

Apesar dos números de abril, o cenário ainda é de cautela, com a Firjan apontando que a recuperação do mercado depende de um ambiente econômico mais favorável e da redução dos juros para destravar o consumo e os investimentos.

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