Depois de uma década amargando a altíssima vacância, o edifício Eco Sapucaí, um arranha-céu corporativo de alto padrão na divisa entre o Centro e a Cidade Nova, finalmente ganhou um destino à altura de seu projeto arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer. A Firjan escolheu o prédio, inaugurado em 2015 e conhecido como um fracasso de mercado, para instalar o DigiTech, novo centro de formação profissional em tecnologia da informação, inteligência artificial, cibersegurança, computação em nuvem, hiper-realismo e games.
Serão ocupados 2,5 mil metros quadrados do edifício, que carrega no currículo o rótulo de “vexame imobiliário” por ter ado seis anos completamente vazio e, até hoje, só abrigava dois inquilinos: a multinacional TechnipFMC e a escola de programação 42 Rio. A chegada do DigiTech representa uma virada de chave para um imóvel que sofreu resistência por estar fora do eixo mais consolidado do Centro.
A estrutura educacional prevista será de ponta, com laboratórios de software, hardware e redes, arena de cibersegurança, ambiente de inteligência artificial, espaço para desenvolvedores, além de um auditório com capacidade para cem pessoas. A unidade não oferecerá ensino médio, mas terá foco na formação profissional, tanto para pessoas físicas quanto para empresas. A proposta é atender desde jovens em busca de qualificação até demandas específicas de grandes companhias, startups e até do setor público.
Segundo o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, empresas de tecnologia poderão contar com cursos personalizados, enquanto projetos especiais serão desenvolvidos para atender parceiros estratégicos e o poder público. Ele destaca que o DigiTech será uma peça importante na engrenagem de fortalecimento da indústria e da economia digital no estado do Rio.
