A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou, nesta quarta-feira (21/05), mais duas mortes por febre do oropouche no estado. Com os novos registros, o número de óbitos em 2025 chega a três. As vítimas são duas mulheres: uma moradora de Macaé, de 34 anos, e outra de Paraty, de 23 anos. Ambas apresentaram os primeiros sintomas em março, foram internadas, mas não resistiram e faleceram dias depois.
As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ), que confirmou a presença do vírus. Os dois casos ocorreram há mais de dois meses e são considerados episódios isolados. Desde então, não houve novos registros de casos graves, internações ou óbitos relacionados à febre do oropouche nos municípios mencionados.
“Reforçamos a importância da vigilância contínua e das medidas preventivas adotadas pela população e pelos gestores municipais. Desde o ano ado, com a introdução do vírus no estado, nossos especialistas têm aperfeiçoado os protocolos de Vigilância Epidemiológica e aprimorado a assistência aos pacientes”, ressalta a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Febre do oropouche: sintomas e cuidados
A febre do oropouche é causada por um vírus transmitido principalmente pelo maruim, um mosquito muito comum em áreas de mata. Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue, incluindo:
- Febre alta
- Dor de cabeça
- Dores musculares e nas articulações
- Calafrios
- Náuseas e vômitos
O período de incubação varia entre quatro e oito dias, e os sintomas costumam durar de cinco a sete dias. Na maioria dos casos, os pacientes se recuperam espontaneamente. No entanto, a doença pode evoluir para quadros mais graves, especialmente em crianças e idosos acima dos 60 anos.
“A febre do oropouche é nova no nosso estado e requer atenção redobrada. O maruim é bem pequeno e corriqueiro em locais silvestres e áreas de mata. Por isso, a recomendação é usar roupas que cubram a maior parte do corpo, ar repelente nas áreas expostas da pele, limpar terrenos e locais de criação de animais, recolher folhas e frutos que caem no solo, e instalar telas de malha fina em portas e janelas”, alerta Mário Sergio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde.
Situação no estado do Rio de Janeiro
Até o momento são 1.581 casos da doença e três mortes registradas no Rio. Os municípios que mais concentram notificações de casos suspeitos são: Cachoeiras de Macacu (649); Macaé (502); Angra dos Reis (320); Guapimirim (168) e Paraty (131). No ano de 2024, foram registrados 128 casos confirmados da doença, com predominância da cidade de Piraí.