A Polícia Federal (PF) realizou uma operação, na manhã desta segunda-feira (12), que resultou no desmantelamento de uma fábrica clandestina de cigarros em Vigário Geral, na Zona Norte do Rio de Janeiro. No local, agentes encontraram mais de 20 homens em situação análoga à escravidão e apreenderam maquinário e insumos usados na produção de cigarros falsificados.
A ação contou com o apoio da Polícia Civil e do Ministério Público, e teve como alvo a lavagem de dinheiro ligada à máfia dos cigarros, supostamente comandada pelo contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o “Adilsinho”. Esta é a segunda ofensiva da PF contra o grupo nas últimas semanas.
Os policiais localizaram um galpão com estrutura industrial robusta, equipado com máquinas e grande quantidade de insumos para a fabricação dos cigarros ilegais. A escala da produção indica uma operação sistemática e de grande porte.
No interior do galpão, foram encontrados 26 trabalhadores: 22 paraguaios e quatro brasileiros. Segundo as investigações, os brasileiros atuavam como supervisores e gerente, e foram presos em flagrante. Os estrangeiros foram resgatados em condição análoga à escravidão e levados à sede da PF, no Centro do Rio, onde receberão assistência. A situação de cada um será apurada para identificar possíveis casos de tráfico de pessoas.
Adilsinho, apontado como líder do esquema, já é investigado por crimes como homicídio, tentativa de assassinato e sequestro. Ele também é suspeito de obrigar comerciantes a revender os cigarros ilegais em áreas controladas por sua organização. Apesar de já ter sido alvo de outras operações, continua foragido.